19 julho 2005

Livro da Semana: Fahrenheit 451

A história se passa em um mundo organizado, no qual a fonte de todos os perigos são os livros. Eles representam um perigo à ordem, uma vez que permitem às pessoas raciocinar, ao invés de seguir as fórmulas pré-determinadas pelos donos do poder. Assim, o Corpo de Bombeiros, detentor da ordem social, tem a paradoxal missão de queimar todos os livros que porventura possam existir. Aqueles que os possuírem, têm também suas casas incendiadas. O nome do livro vem do fato de que o papel queima à temperatura de 451 graus, na escala Fahrenheit.
No decorrer da história, Montag, um bombeiro, conhece uma moça que faz nascer nele um sentimento estranho. Ele então começa a guardar os livros que deveria queimar. Descoberto, precisa fugir. Sai da cidade, e encontra um grupo de pessoas vivendo à margem da sociedade, também foragidas pelo mesmo crime. Estas pessoas têm uma estratégia singular para fugir ao controle imposto por este mundo em que são forçadas a viver: cada uma delas decora um livro, que vai assim continuar existindo, em suas memórias.
“- Montag, gostaria de ler A República de Platão, um dia?
- Com certeza.
- Eu sou a República de Platão. Gostaria de ler Marco Aurélio? O sr. Simmons é Marco Aurélio.”
Assim, eles lêem os livros, decoram-nos e depois os queimam, para que ninguém os descubra. “O melhor será guardar tudo na memória, onde ninguém irá procurá-los (...) Apenas temos um fim, preservar os conhecimentos que nos serão preciosos um dia”.
É realmente um clássico, que consagrou o autor Ray Bradbury. Um daqueles livros imperdíveis, difícil de largar antes do final. Verdadeira obra-prima.
Interessante também é conhecer que ele inspirou o nome do último filme de Michael Moore, Fahrenheit 9/11. Este nome é uma alusão ao livro em questão e ao fato de que o governo Bush também seria um incinerador de idéias e de pensamentos (ou seja, foi inspirado direta e totalmente na obra de Bradbury). À época, o autor até ameaçou processar Moore pelo uso indevido do título, mas resolveu não levar a discussão adiante (de onde se conclui também que o moralista Moore não é tão santo assim, pois “roubou” o nome de seu filme sem ao menos pedir autorização ao dono da idéia).
Bom, espero ter novamente despertado o interesse de alguns. Garanto que vale a pena (e, assim como o livro anterior, é uma obra de poucas páginas, para a qual se pode encontrar “espaço” mesmo nessa correria dos dias de hoje).

3 comments:

Anonymous Anônimo said...

Gaúcho!!!!
Oi!!!!
Caramba, muito bons seus comentários sobre os livros.
Estava mesmo querendo comprar um livro bom para ler nas férias, e agora já posso ler os 2!!!!
Parabéns pelo site!! adorei e vou passar para amigos que tenho certeza que vão gostar, ok?
Beijos dos amigos de São Paulo.
um beijão
Mariana
ps.como talvez meu irmão não se manifeste, estou representando a família!!!

19 julho, 2005 08:34  
Anonymous Anônimo said...

Keep up the good work
»

15 agosto, 2006 21:48  
Anonymous Anônimo said...

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02 março, 2007 00:29  

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