08 junho 2005

Aonde queremos chegar?

Esta semana foi sintomática. Comecei este blog falando sobre edudação, leituras, ensino. E não é que meus caros colegas me surpreendem mais uma vez? Em plena faculdade de História, um grupo de alunos reclama do professor: "Ah, professora, tem que ler este livro INTEIRO para a prova?" (ressalte-se que o livro INTEIRO não tinha mais que 90 páginas...). É ou não é pra envergonhar?
Em que mundo estão os estudantes brasileiros? O que fazem nas universidades? (porque aprender, com certeza, não é seu objetivo).
Outro aluno, no mesmo assunto, manifestou-se: "Bah, mas no vestibular não tem tantas questões sobre a Segunda Guerra quanto vai ter nessa prova que a senhora vai aplicar..." Pelo amor de Deus!!! Por acaso o cidadão pretende, em um curso de graduação, realizar uma prova de nível inferior à do vestibular??? Socorro!!!
Saí da PUC essa semana com a certeza de que esse país não pode mesmo ir pra frente! Se alunos de nível superior pensam desta maneira, nosso destino é o fracasso, com absoluta certeza.
Quando eu disse a outra colega que não só teríamos que ler o tal livro INTEIRO, mas que o correto seria lermos no mínimo uns sete livros para esta tal prova, ela me responde: "Ah, até parece que tu é tão preocupado e dedicado aos estudos". Olha, não devo satisfação a ninguém, mas a quantidade de livros que leio por ano atesta que sou, sim, preocupado e dedicado.
Nossos estudantes são useiros e vezeiros da máxima segundo a qual se estuda pra tirar o mínimo necessário na prova. Estudar pra aprender?? O que é isso?
Não surpreende, em um país em que o presidente - que, frise-se, teve todo o tempo do mundo para estudar, pois que nunca trabalhou, mas ganhou salário a vida inteira de seu partido - orgulha-se de ser ignorante e iletrado... E, pior ainda, muitos o aplaudem; não, no fundo, aplaudem a burrice, a "malandragem" (burra, mas tão burra) e o jeitinho brasileiro...
Não descobri ainda por que a tal malandragem ainda não nos levou a um melhor patamar, e insiste em nos deixar nesse terceiro mundo miserável, pobre e subdesenvolvido... Será mera coincidência?